Caso Mizael: policiais acusados de matar adolescente enquanto dormia em casa vão a júri popular

  • 29/05/2025
(Foto: Reprodução)
O adolescente, que tinha 13 anos, foi morto em uma abordagem da Polícia Militar em Chorozinho, na região metropolitana de Fortaleza, em julho de 2020. Policiais acusados de matar Mizael Lima vão a júri popular, na Grande Fortaleza. Dois policiais acusados de matar Mizael Fernandes Silva Lima, de 13 anos, vão a júri popular. A decisão judicial ocorreu após pedido da Defensoria Pública do Ceará — que passou as informações sobre o julgamento nesta quinta-feira (29). O caso aconteceu em Chorozinho, na região metropolitana de Fortaleza. ✅ Siga o canal do g1 Ceará no WhatsApp Mizael foi morto em 1º de julho de 2020. O caso aconteceu durante operação policial do Comando Tático Rural (Cotar) em Chorozinho. O adolescente dormia na casa da tia, quando três agentes entraram e atiraram contra ele. A família afirma que ele invadiram a casa, enquanto os policiais dizem que estavam em busca de um traficante e que o jovem estava armado. A decisão de julgar dois dos policiais veio após a Justiça analisar os argumentos apresentados pelo Ministério Público do Ceará e pela Defensoria. O policial apontado como autor do tiro de fuzil que tirou a vida do adolescente vai responder por “homicídio qualificado pela impossibilidade de defesa da vítima” e fraude processual, enquanto outro policial deverá ser julgado por alterar a cena do crime (fraude processual). O terceiro policial não será levado a júri, segundo a decisão da Justiça. LEIA TAMBÉM: Adolescente de 13 anos é morto pela polícia; família relata invasão e agentes dizem ter visto arma MP diz que policial agiu em legítima defesa ao matar garoto de 13 anos e pede absolvição; órgãos protestam Em fevereiro deste ano, o MPCE havia pedido a absolvição do policial. O órgão classificou o tiro do PM como um ato de legítima defesa, pois ele teria sido “atacado por um indivíduo armado em um local escuro”. Além disso, o MPCE solicitou que, por falta de provas, os demais sequer fossem a júri. Atuando como assistente de acusação, a Defensoria sustentou o envolvimento direto da Polícia na morte do adolescente, expondo laudos e depoimentos sobre o assassinado ter acontecido enquanto Mizael dormia na casa de uma tia. Argumentou ainda que houve manipulação de indícios na operação para não serem incriminados. Morte do adolescente Caso Mizael: Protesto contra pedido de absolvição de PM A Defensoria informou que a decisão da Justiça ganha importância por dois motivos: acatar integralmente a tese da entidade e isso resultar na pronúncia de dois dos militares apontados os responsáveis pela morte de Mizael. Ainda não há data para a realização do júri, e é possível à defesa apresentar recurso ao Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) sobre essa decisão da juíza Ana Célia Pinho Carneiro, de Chorozinho. A Defensoria atua no caso Mizael por intermédio da Rede Acolhe, programa que desde 2017 atende sobreviventes de atos de violência e familiares dessas vítimas. A equipe de defensores que atua no programa acompanhando a mãe da vítima considera “a decisão uma vitória muito grande, porque falar em legítima defesa é criminalizar a vítima. É outra forma de matar esse adolescente”. Mizael tinha 13 anos quando foi morto em uma ação policial em Chorozinho, na Grande Fortaleza. Arquivo pessoal Assista aos vídeos mais vistos do Ceará

FONTE: https://g1.globo.com/ce/ceara/noticia/2025/05/29/caso-mizael-policiais-acusados-de-matar-adolescente-enquanto-dormia-em-casa-vao-a-juri-popular.ghtml


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